16 fevereiro 2015

Aberdeen, 1967 ♡


Era uma pessoa igual a bilhões de outras, mas eu fiz dele importante e ele se tornou único no mundo. Vinte de fevereiro de 1967, Aberdeen, condado de Grays Harbor, em Washington, nascia uma das pessoas mais importantes da minha vida: Kurt Donald Cobain! Nunca entendi de verdade o que isso significava. Que babaquice, uma garota de 11 anos gostava de um cantor de rock, isso acontece todos os dias. Mas não comigo. Sabe quando parece que as coisas vão crescendo rápido e te dominando inteiro, como o nervosismo que você sente quando a pessoa que gosta está perto, ou ela vem chegando? Me sentia, e me sinto exatamente assim. E eu nem conheci Kurt. Isso é o mais bizarro, não amo o Kurt porque ele era o vocalista do Nirvana, ou porque sua maior qualidade era a humildade, simplesmente amei ele, sem entender o porquê. No meu aniversário do ano passado, ganhei do meu pai o livro "Kurt Cobain: a construção do mito". Achei que seria uma simples biografia, mas aquilo mexeu comigo, ainda mexe comigo até hoje. A morte de Kurt Cobain  foi um dos fatos mais importantes da história, mas eu não entendo como as pessoas aceitam isso. Eu me encho de frustração pensando nisso, de lágrimas muitas vezes também. É como se o Kurt renascesse todas as vezes que eu ouço uma canção dele, ou vejo alguém tocando guitarra ou vestindo uma camisa listrada. Parece que ele não acaba, vocês me entendem? É, acho que não. Kurt Donald não tem fim pra mim, não mesmo. Lembro de um trecho no meu livro em que Dave Grohl fala que não acha que Kurt está morto, mas sim, brincando de esconde-esconde. Ora aparece, ora some. Isso é louco, mas o meu sentimento em questão à morte de Kurt é igual. Ele não morreu, não pra mim. É como se ele estivesse em alguma dimensão que só os fãs de verdade tem acesso. Ou só aparece quando alguém precisa de sua poesia. Hoje completaria 48 anos de vida. de materialização. Feliz aniversário, dear Mr. Cobain. Onde quer que esteja, esteja em paz. Tocando guitarra, cantando, usando jeans rasgado. Esteja feliz. Obrigada por todos às vezes que salvou meu dia, me impediu de chorar ou simplesmente me fez sorrir. Você é o cara. Era a 48 anos atrás, e vai continuar sendo. Mesmo que o tempo te apague de algumas pessoas, eu sempre vou lembrar quem você é, sempre vou lembrar seu nome e, nem que for um refrão das suas canções. Obrigada por não ter fim. Serve de remédio para meus dias tristes saber que sempre vou ter para onde fugir quando o mundo não parecer um lugar seguro: correr para dentro de suas canções. "Although i wasn't there, he said i was his friend, wich came as a surprise i spoke into his eyes, i thought you died alone, a long long time ago - The man who sold the world" (Embora eu não estivesse lá, ele disse que eu era seu amigo, que veio como uma surpresa, eu falei nos seus olhos: pensei que você tivesse morrido sozinho, há muito, muito tempo atrás)  


De todos os dias até hoje, por todos os dias que eu existir.






                               Would you believe when i tell you are the queen of my heart?


Rei, no meu caso.