08 agosto 2014

Anestesias da alma ♡

Existem duas coisas que eu aprendi nesses 15 anos de vida, e que com certeza sempre existirão no mesmo contexto na minha vida: qualquer esquecer é temporário, e qualquer "viver" há de ser intenso. Pode parecer complexo e eu posso parecer uma louca, mas vocês vão entender. Deixa o eu lírico fluir, ouve Wish you Were Here, do Pink Floyd e verá fluir. A vida é feita de momentos, que a gente nem sabe apreciar direito. Vivemos pra esperar os dias bons chegarem. Mal sabemos nós, insignificantes seres humanos, que a vida só traz coisas boas na surpresa, ela não atravessa a rua porque tem alguém do outro lado, mas sim, porque a pessoa certa vai passar por ali no momento certo. Foi chorando muito, muito mesmo, que eu aprendi que a vida só perde o sentido sem sonhos. Afinal, amor se cura, amor se cria. Vontades diminuem, ou acabam. Lágrimas secam. Relembrando o post anterior: nada é eterno. Eterno de verdade é a lembrança que alguém deixa, seja ela "lembrável", ou não. Bonita, ou não. Nem todas as pessoas deixam marcas positivas, mas nenhuma pessoa entra na nossa vida por acaso. A vida em si é um acaso.Veja só, que sorte. Entre sete bilhões de pessoas, ela escolheu você. Seu sorriso pra ver, seu perfume pra sentir e seu abraço para se acalmar. Lembro de ouvir em uma música no Nx Zero "Guarde o que foi bom, e jogue fora o que restou". Ah, meus amigos, sei que estão lembrando de alguém e um filme lembrando um final de semana quase normal pra vocês invadiu suas almas... O que vou dizer vai doer, dói até em mim, mas precisa ser dito: qualquer esquecer é temporário. A gente esquece até lembrar de novo. Pode ser dias, meses, até anos depois. Mas a gente sempre lembra. Existem coisas que dá vontade de dar replay, e outras um "excluir histórico". Mas isso faz parte da gente, do nosso eu. A gente nunca vai encontrar-se sozinhos. Sozinhos nós estamos perdidos. Quando conhecemos alguém, esse alguém desperta algo em nós que não conhecíamos, e aos poucos (sim, é intimidador e assustador) nós vamos sabendo mais de nós mesmos e menos dos outros. Vejo o meu jeito errado, Maria Júlia de ser: passei todas as noites, por vários meses, desejando uma amnésia. Mas lembrei do detalhe mais importante: amnésia leva tudo, não é específica, mas sim devastadora. E o que foi bom, que merece ser guardado? A amnésia leva consigo. Parei de desejar amnésia. Tem tanta coisa que aconteceu que eu amo relembrar... O início de tudo, a gente, sim, nós dois, éramos tão felizes e leves. As coisas eram fáceis de carregar. Quando me dou por conta tudo que vivi, esqueço a maneira cruel e destruidora como terminou. Esqueço por alguns minutos. Quando a música acaba e tem um intervalo de 3 segundos entre esta música e outra, eu lembro. Meus olhos apertam, minhas mãos suam e meu coração embrulha. Acabam-se os 3 segundos, e pá. Nossa música começando. Destino, mais uma vez honrando seu nome e levando ao pé da letra sua função. Surpreender. Não da pra fugir do que já aconteceu, já sentiu, já abraçou, já gostou. Não dá mesmo. As lembranças são a anestesia da alma, preparando-a para a "cirurgia" da vida não doer tanto. Com o tempo as memórias ficam mais vagas e o vento leva algumas palavras, outras, boas e ruins, pesam bem mais, e o vento simplesmente deixa com a gente. É sempre bom lembrar. É sempre bom sentir. Às vezes eu ainda sinto o frio na barriga da noite em que te conheci quando vejo seu nome na tela bloqueada do meu celular, ou no feed do Facebook. E quer saber? É por esse, e mais frios na barriga que eu ando por aí, caminhando, correndo, suspirando, gargalhando, chorando, observando, vivendo.

Indico aí, "Eu me chamo Antônio". Para quem curte aprender mais a viver e frases curtas.


É isso aí gente, meu conselho para encarar qualquer coisa, e quando eu digo qualquer coisa, é qualquer coisa mesmo: inspira, respira e não pira. VIVA!